Como combater as doenças do século por meio do método Ikigai.
“Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor. Mas lutamos para que o melhor fosse feito. Nós não somos o que deveríamos ser, não somos o que ainda iremos ser. Mas, graças a Deus, não somos mais o que um dia já fomos!”.
“O que não nos mata nos fortalece”, ou “o que não nos mata nos magoa e enfraquece”?
Não sei se “felizmente”, ou “infelizmente” estamos nos tornando uma sociedade que não acredita mais na premissa de Nietzsche: “o que não nos mata nos fortalece”. Mas, certamente, sei a consequência que essa escolha têm representado… uma geração frágil, que hoje é mais deprimida e propensa ao suicídio.
Você já ouviu falar do famoso caso “da alergia ao amendoim”?
Haidt e sua equipe constataram que: em determinado momento da história americana recente, poucas eram as pessoas que possuíam alergia ao amendoim. Mas essa situação mudou drasticamente quando a comunidade médica passou a divulgar pesquisas sobre esta alergia, tratando o amendoim como um “risco a saúde”.
Daquele ponto em diante, a “alergia ao amendoim” virou uma pandemia, atingindo milhares de pessoas em todo o país, em uma prova suscetibilidade ao chamado “inconsciente coletivo” ou mentalidade predominante.
Não estou negando o fato de que, estarmos em uma sociedade mais complexa, estressante e hiperativa ser motivo para o surgimento dessas doenças, mas precisamos entender que criamos um ambiente propício para o seu desenvolvimento, pois não trabalhamos habilidades psíquicas que possam, de fato, combater o seu surgimento.
Além disso tudo, as “doenças do século”, como depressão, ansiedade e déficit de atenção, alimentam uma indústria milionária de medicamentos.
Eduardo Almeida, CEO da Ikigai Brasil, se depara com muitos casos de pessoas em estado de depressão, e costumeiramente se depara com frases “SOU deprimido” – fortalecendo sua auto identidade com esta condição pontual de saúde.
Como escreveu o professor de filosofia canadense Todd Dufresne, “Sem dúvida, nenhuma outra figura importante da história esteve tão errada quando Freud a respeito de todas as coisas importantes que disse”.
Eduardo Almeida, ao contrário de Freud, percebeu que das muitas pessoas que se propôs a ajudar por meio do método Ikigai que vinham de longos anos de terapia eram, de longe, as mais complicadas e complexas de se trabalhar.
A percepção é de que: muitas pessoas que fazem esse tipo de tratamento têm explicações muito profundas e convincentes de por que são o que são, e por que agem como agem, o que só faz dificultar o trabalho, uma vez que se tornam profundamente auto identificadas com aquilo que dizem ser.
Além disso, anos de terapia podem criar uma autopercepção de fragilidade emocional e uma “bengala” psicológica, no qual “se eu tenho um problema, levo para o terapeuta”.
Se, por um lado, os estudos de Freud foram importantes para os aspectos clínicos na área de psicologia, por outro sua obsessão pela complexidade e fragilidade humana foram uma influência terrível sobre as gerações futuras já que, como diz o ditado, procurando bem “ninguém é normal”.
Nesse diapasão, vocês já ouviram sobre a Síndrome do Esgotamento Profissional, ou Síndrome de Burnout? Essa síndrome foi denominada pelo psicanalista alemão Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
Como funciona a síndrome, em síntese: surge com o desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho. Uma outra fase da síndrome seria a medição da autoestima pela capacidade de realização e sucesso. O que ocorre é que, no início do portador da síndrome começa com um alto grau de satisfação e prazer que logo se transforma em uma obstinação e compulsão, principalmente quando não têm o reconhecimento pelos seus esforços. No fim, o paciente acaba se esgotando fisicamente, psicologicamente… numa busca incessante pela aprovação de outras pessoas, e pelo lugar de melhor – naquilo que se dispõe a fazer.
Os sintomas são variados, desde fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, muita falta de ar, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e problemas digestivos. Segundo relatos do Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com sintomas de depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional.
Outra pesquisa, realizada pelo professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra crescimento de ocorrência de “Burnout” em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de identificar a síndrome, uma vez que ela se manifesta de forma variada, contudo, já são mais de 130 sintomas descritos para esta síndrome.
A conclusão que chegamos?
Precisamos estar atentos ao nosso corpo, mente e espírito. Quando deixamos um desses descuidados em prol do outro, tendemos a esgotá-lo.
Poderia apresentar inúmeras outras pesquisas associadas à depressão, ansiedade, obesidade, que são apenas manifestações óbvias desta falta de sentido avassaladora que toma conta de nossa sociedade.
Perceba: o profissional que é diagnosticado com a síndrome do esgotamento profissional, não chega a isso por amor, ou por propósito. Ele chega ao esgotamento por uma razão mais profunda. Não é natural que uma pessoa se coloque em uma situação de risco por amor àquela profissão, ou àquele trabalho.
Na metodologia Ikigai, a base do tratamento, se é que podemos chamar assim, é o autoconhecimento. Só se conhecendo temos a capacidade de mudar. Mudar o mindset, mudar a performance, alcançar um propósito que nos faça acordar todos os dias pela manhã, sem desculpas, sem fugas, sem tristeza e desânimo.
Se você se sente tocado, fica o convite da Ikigai Brasil, em nome do Eduardo Almeida, para mergulhamos nesse mundo do autoconhecimento e propósito.
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Faz sentido?
Namastê.
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