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REEDUCAÇÃO EMOCIONAL COMPORTAMENTAL E O VAZIO DE SENTIDO

Nos dias atuais, uma das coisas que mais se escuta desde as rodas de conversa entre amigos até os consultórios de Psicologia é a sensação de vazio - uma falta de sentido, como se algo sempre estivesse faltando e nos impedindo de ser felizes. O que realmente existe por trás deste "vazio"?

Nos dias atuais, uma das coisas que mais se escuta desde as rodas de conversa entre amigos até os consultórios de Psicologia é a sensação de vazio – uma falta de sentido, como se algo sempre estivesse faltando e nos impedindo de ser felizes. O que realmente existe por trás deste “vazio”?

#REEDUCAÇÃO EMOCIONAL COMPORTAMENTAL #INTELIGÊNCIA POSITIVA #EDUARDO ALMEIDA

Parece que a vida virou uma grande rotina de acordar, trabalhar e dormir para pagar as contas, às vezes quebrada por uma breve diversão nos finais de semana – o famoso “sextou”! Dessa maneira, perde-se a visão das pequenas e belas coisas que a vida nos proporciona a cada dia, como o sorriso de uma pessoa amada, um lindo pôr-do-sol ou uma flor que desabrochou no jardim.

O que acontece é que tentamos desesperadamente substituir as coisas singelas da vida por prazeres fáceis e instantâneos que nos aliviem esse vazio – consumismo, auto validação (principalmente através das redes sociais), comportamentos compulsivos (abuso de álcool e outras substâncias, excesso de açúcar, vício em pornografia) – tudo para estimular o sistema de recompensa do nosso cérebro e nos deixar mais “felizes”.

Porém, ao invés de encontrar a felicidade e preencher o vazio existencial, esses prazeres acabam não sendo nunca suficientes e levando a pessoa a procurar cada vez mais “alívio”. Por isso vemos hoje uma verdadeira epidemia de doenças como a ansiedade e depressão tomando conta da sociedade, até nas crianças mais jovens.

Nesse artigo vamos tentar entender quais são as origens, motivos e as diferentes facetas do vazio existencial e como podemos lidar com ele de maneira mais prática e funcional, seguindo a abordagem proposta pela REEDUCAÇÃO EMOCIONAL COMPORTAMENTAL ou MÉTODO REC.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E AS NOVAS GERAÇÕES

Há mais de 20 anos, o historiador Neil Howe previu que os Estados Unidos viveriam uma crise que chegaria a seu clímax no ano de 2020. E sua previsão não foi feita olhando para uma bola de cristal, mas sim com base em uma polêmica teoria que esse historiador, economista e demógrafo desenvolveu na década de 1990 junto a seu colega William Strauss.

Estudando a história dos Estados Unidos a partir de 1584, esses autores encontraram uma série de padrões que lhes permitiram explicar a evolução histórica americana a partir de mudanças geracionais.

O resultado culminou no livro Generations” (Gerações) de 1991, que demonstrou estar certo em muitos dos pontos apresentados.

Seis anos depois, Howe e Strauss – que também são responsáveis por cunhar o termo “geração millenials” para se referir aos nascidos a partir de 1982 – publicaram outro livro, The Fourth Turning” (A Quarta Virada), em que eles expandem suas teorias.

No livro eles defendiam que a história americana (e de outros países desenvolvidos) avança em ciclos de quatro mudanças geracionais recorrentes que levam a uma crise de grande magnitude a cada 80-90 anos. Foi o que aconteceu durante a Guerra Civil, a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial.

É como se esta teoria fosse o fundamento oculto por trás da famosa frase do Sheikh Rashid, o fundador de Dubai (quando questionado sobre o futuro de Dubai) que afirmou: “Meu avô andava de camelo, meu pai andava de camelo, eu ando de Mercedes, meu filho anda de Land Rover e o meu neto vai andar de Land Rover; mas meu bisneto vai andar de camelo. (Isso porque) tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam homens fracos e homens fracos criam tempos difíceis”.

Não é possível saber se a teoria proposta pela quarta virada é um fato ou apenas uma terrível coincidência que se repete com bastante frequência. Mas, verdade seja dita, hoje já existe uma unanimidade sobre a fragilidade das novas gerações que nascem em sociedades super desenvolvidas e consumistas, constituídas por pessoas que já não sabem mais diferencias PRAZER de FELICIDADE e DOR de SOFRIMENTO, apresentando uma fragilidade psicológica singular para lidar com a complexidade da vida.

Para Eduardo Almeida, fundador do Método REC e CEO da IKIGAI BRASIL, “como proposto por Viktor Frankl, vivemos uma crise de falta de sentido em nossa sociedade, algo que vem fragilizando as relações humanas e promovendo uma forte alienação do ser humano”.

Muito desses fatores são fruto de nossas escolhas e padrões comportamentais, com especial ênfase na adoção das redes sociais como o centro das interações humanas.

….

O PAPEL DAS REDES SOCIAIS

Hoje, atribuímos excesso de expectativa em relação ao poder que o consumo e o “sucesso” podem trazer para nossas vidas, acreditando que ser famoso, popular e poder comprar o que se quer é a chave para a felicidade.

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa Harris Poll, a pedido da Lego, atualmente o público infantil tem mais interesse em ser “digital influencer” do que em outras profissões ou sonhos infantis tradicionais – como ser astronauta, por exemplo.

O estudo foi realizado com três mil crianças com idades entre oito e 12 anos, nos Estados Unidos, Reino Unido e China. Ao serem questionadas sobre qual profissão gostariam de seguir, três em cada dez crianças norte-americanas e britânicas afirmaram que queriam ser “youtubers ou vlogueiros”.

O que preocupa nesta informação é a motivação por trás deste desejo, já que poucos desses jovens demonstram querer adotar esta carreira pela consciência dos impactos positivos que querem gerar em seu público-alvo pela qualidade do conteúdo produzido.

O que atrai é a ilusão de uma carreira no qual se trabalha pouco, ganha-se muito, podendo falar e ser o que quiser, sendo reconhecido e idolatrado por milhões de pessoas.

Além disso, o sucesso instantâneo prometido pelas redes sociais, em especial INSTAGRAM (que, por incrível que pareça, conseguiu ser superado em superficialidade pelo TIK TOK) é muito perigoso.

Segundo Hanna Krasnova (professora de Sistemas da Informação e especialista em Mídias Sociais e Ciência da Informação na Universidade de Potsdam, Alemanha) em comparação às outras redes sociais, o Instagram tem essa tendência mais recorrente de forjar uma vida perfeita. “Em uma foto, você tem sinais mais explícitos e implícitos de como é ser uma pessoa feliz, rica e bem-sucedida do que teria a partir de uma atualização de status. A foto provoca comparação social imediata, o que pode desencadear sentimentos de inferioridade”, disse. De acordo com o estudo, esse sentimento gera inveja e ressentimento.

Neste sentido, este tipo de mídia, criou uma verdadeira inversão de valores, reforçando que a superficialidade e a ostentação são as chaves da construção de uma legião de fãs.

Inteligência, consistência, responsabilidade, disciplina e protagonismo, passam a ser elementos retrógrados e “papo de velho”.

Ainda segundo o professor Eduardo Almeida, “mudar esta realidade é uma das atribuições dos reeducadores, que devem agir como profissionais que ajudam seus clientes a fazerem escolhas mais sábias e que promovam vidas com sentido, performance e protagonismo”.

OS ENGANOS DO CONSUMISMO

Sobre o consumismo atual, segundo Steven Miles, sociólogo da Universidade Metropolitana de Manchester e autor de livros como como “Consumerism: As a Way of Life (Consumismo como Meio de Vida), “a razão pela qual consumimos dessa forma, além de nossas necessidades, é porque o consumo é ideológico em seu núcleo. Somos obrigados a consumir de modos que não são naturais, mas que servem para manter o status quo”.

O encantador livro “FELICIDADE S/A” de autoria do jornalista Alexandre Teixeira, traz um profundo compêndio de estudos globais sobre a felicidade e sua relação com o trabalho, dinheiro e consumo. E, em mais de um estudo, observa-se que o BEM-ESTAR (uma das bases objetivas da felicidade) tem sim uma relação direta com a melhoria de nossas condições financeiras básicas, mas não está atrelada de forma direta ao nosso nível de consumo. Aparentemente, o que conta é ter dinheiro suficiente para construir uma vida digna, segura e sem privações, algo já observado nos estudos de Abraham Maslow  e sua avaliação da hierarquia das necessidades humanas.

Pirâmide de Maslow
Fonte da imagem: WIKIPEDIA (Por J. Finkelstein (translated to pt-BR by Felipe Sanches) – Based on http://en.wikipedia.org/wiki/Image:Maslow%27s_hierarchy_of_needs.svg, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=1988358)

Mas, no caso do consumismo, cultura que atribui valor e sentido à vida pelo que se consome e se tem, o efeito é justamente o oposto, pois pessoas que apresentam estas características tendem a definir seu valor e felicidade por meio unicamente dos bens que adquirem e experiências que gozam.

Os impactos deste modelo nos levam, entre outras coisas, a precisarmos de dois planetas Terra para suprir todas as necessidades de consumo, se novos países assumirem o padrão consumista de países desenvolvidos.

Atualmente, nove dos dez cursos mais vendidos em plataformas como Hotmart no Brasil estão relacionados a “fórmulas mágicas e sem esforço para ficar milionário”, sempre apresentados por gurus que ostentam que a riqueza é a resposta e está acessível para todos. Mas por que será que menos de 3%, em média, das pessoas que fazem estes cursos conseguem realmente produzir riqueza? 

Segundo Eduardo Almeida, “o consumismo virou a nossa nova religião e, quando adotamos este estilo de vida, rapidamente somos confrontados com o sentimento que nossa vida só tem valor se formos capazes de consumir o último iPhone ou se trocarmos de carro para mostrarmos aos outros o nosso valor”.

E, é claro, este comportamento não traduz a seus adotantes um significado real e duradouro para suas vidas.

É POSSÍVEL LIDAR COM O “VAZIO DE SENTIDO”?

Por tudo o que já foi citado anteriormente, observamos a deterioração dos valores e relacionamentos de nosso mundo atual, pois estamos criando a enganosa ideia de que uma vida feita de prazer e consumo contínuo é base consistente e suficiente para sermos felizes. Por isso nasceu a REEDUCAÇÃO EMOCIONAL COMPORTAMENTAL (Método REC), propondo uma abordagem valorativa que possa contribuir com todas as pessoas para que elas se libertem das amarras manipuladoras de uma sociedade consumista e hedonista, tendo recursos suficientes para compreenderem QUEM SÃO, quais são as SUAS VIRTUDES, podendo assim escolher como querem VIVER SUAS PRÓPRIAS VIDAS, sendo muito mais felizes pelo que SÃO do que pelo que TÊM.

Mesmo se seu objetivo for alcançar um padrão de vida elevado (o que é ótimo), no REC você compreenderá que sua sustentação e o significado que de fato encontrará nessa jornada dependem diretamente da clareza sobre quem você é e o propósito que o mobiliza.

Mas, ao contrário de apresentar uma visão pessimista ou um olhar idealizado para o passado (típico de gente que passa dos cinquenta) gostamos de analisar este fato com um olhar positivo e psicológico, entendendo que quando um padrão histórico se repete em nossas vidas, empresas ou sociedade, é porque certamente um padrão comportamental sustenta esta repetição.

Afinal, como proposto por Aristóteles, nos tornamos aquilo que continuamente repetimos – e o que repetimos normalmente está estruturado por meio daquilo que acreditamos e sentimos.

Por isso, para o REC a mudança só é possível revendo este sistema de crenças. Neste caso, para compreendermos o padrão dominante, temos que entender que a base deste modelo pode ser encontrada em dois fatores bastante óbvios:

  • O MODELO DE ESCOLARIZAÇÃO QUE ASSUMIMOS e sua consequência;
  • AS RELAÇÕES FAMILIARES DA SOCIEDADE PÓS SEGUNDA GUERRA, que hoje estão na base da famosa modernidade líquida, proposta por Zygmunt Bauman.

No próximo artigo vamos tentar entender como a nossa história ajudou a moldar a sociedade em que vivemos e os problemas que enfrentamos – e por que o REC pode ser uma resposta consistente para transformar este cenário.

Será que você se sente motivado e, por que não dizer, desafiado a fazer parte desta transformação?

Se a resposta for SIM, você se surpreenderá com tudo o que descobrirá nesta jornada, pois, nas palavras do polêmico psicólogo canadense Peter Jordan, “para pensar em mudar o mundo, é necessário, em primeiro lugar, assumirmos um compromisso real de nos transformarmos”.

Então, se você se identificou com tudo o que leu até aqui, aproveite para já conhecer mais sobre A FILOSOFIA IKIGAI e o MÉTODO REC, se inscrevendo em nossa MASTER CLASS, onde terá informações sobre COMO LEVAR TUDO ISSO PARA A SUA VIDA E REGIÃO.

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EDUARDO ALMEIDA CEO IKIGAI BRASIL.

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